Era preciso construir em Portugal um Parque Industrial, à semelhança dos que estavam a nascer nos países mais desenvolvidos. Portugal estava a ser o destino escolhido por empresas estrangeiras que necessitavam de grandes fábricas e armazéns, grandes naves, com poucos pilares que possibilitavam a circulação no seu interior.
A localização era fundamental e o parque deveria ser servido por redes viárias que permitissem as manobras de camiões de grande porte. Sendo raras ou inexistentes as infra-estruturas e os parques industriais com estas características, em 1966, deu-se o pontapé de saída para este mega e ambicioso projecto.
Na Zona do Alto da Bela Vista, pela sua extrema fertilidade, existiam grandes quintas agrícolas que serviam os mercados de Lisboa.
Com a crise na agricultura, os agricultores viram-se forçados a deixar esta actividade. Surge, assim, o local indicado para o desenvolvimento deste parque industrial.
A técnica do betão armado ainda era insipiente em Portugal e só este tipo de construção permitiria a construção de pavilhões com as características necessárias e no curto espaço de tempo disponível. Esta opção por João Madeira Costa requereu muita investigação e avultado investimento em máquinas, que tiveram de ser importadas (por não existirem no mercado nacional) da construção de um grande estaleiro com cerca de 4.000 m2. Deste estaleiro, saíram as primeiras placas em betão armado.